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Elementos próximos a Bolsonaro procuraram assassinar Lula e outros opositores

A investigação da Polícia Federal identificou pelo menos quatro militares e um policial federal como responsáveis de uma tentativa de golpe planeado logo após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022.

CréditosAndré Borges / EPA/LUSA

Os envolvidos em diversos planos golpistas no Brasil após as eleições presidenciais brasileiras parecem estar próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na operação Contragolpe posta ontem em marcha, foram cumpridos cinco mandados de detenção que culminaram em prisão preventiva de quatro militares, dos quais pelo menos um com proximidade a Bolsonaro. Além disto foram também  realizadas três buscas e apreensões e decretadas 15 medidas cautelares.

Segundo a Polícia Federal (PF), no plano constava a prisão e o assassinato de Lula da Silva e do seu vice-presidente, Geraldo Alckmin, ainda em Dezembro de 2022. O método que seria utilizado foi discutido na casa do general Braga Netto, onde foi cogitado o envenenamento e o recurso à arma de fogo para colocar termo à vida dos visados. Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, também aparece nas investigações como possível alvo.

Desde a vitória de Lula da Silva, diversas iniciativas de desestabilização institucional e golpe foram colocadas em prática, sempre em associação directa ou indirecta dos militares e outras pessoas que se encontravam na esfera de influência de Jair Bolsonaro. Os dados obtidos do telemóvel de tenente-coronel Mauro Cid foram fundamentais para as prisões de ontem, diz a polícia. Mauro Cid, era pessoa de confiança do ex-presidente e o seu principal assistente pessoal. Após ter sido detido, Cid viu o seu telemóvel ser apreendido em Maio de 2023 no seguimento de uma outra investigação relativa à  falsificação de dados da vacinação durante a pandemia da Covid-19.

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