A República Árabe Siria «condena energicamente esta flagrante ingerência», lê-se numa nota ministerial divulgada hoje pela agência SANA, «a propósito das notícias que circulam sobre a presença de grupos de forças especiais francesas e alemãs nas zonas de Ain al-Arab (nome árabe da cidade de Kobani, no Norte) e Manbij (Norte), em território sírio».
O governo sírio classifica essa presença como uma violação dos princípios da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU), bem como «uma agressão injustificada à soberania e independência» do país.
Para Damasco, as tentativas de caracterizar essa violação como ajuda à luta antiterrorista «não enganam ninguém», tendo em conta que «esse combate requer cooperação com o Governo legal da Síria, cujo Exército e povo estão a lutar e a fazer grandes sacrifícios» em todo o território para «limpar» o país do flagelo do terrorismo.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), organização com sede em Londres que se opõe ao governo de Bashar al-Assad, confirmou a presença de forças especiais francesas junto a Ain al-Arab e o ministro da Defesa francês afirmou, na semana passada, que essas tropas estavam no terreno, ajudando as chamadas Forças Democráticas Sírias (FDS) a avançar para Manbij.
Berlim foi célere e categórica a negar a presença de tropas especiais alemãs em território sírio. No entanto, o OSDH revelou que as FDS estavam a ser ajudadas por conselheiros militares alemães (assim como franceses e americanos) e, ontem, fontes curdas revelaram que as tropas especiais alemãs tinham entrado em território sírio pela fronteira norte.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui