«O nosso sincero agradecimento ao povo e governo vietnamitas e às autoridades de Hanói pelo donativo de 12 mil toneladas de arroz ao nosso país, expressão das relações de irmandade histórica que nos unem», escreveu o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros na sua conta de Twitter.
Na quinta-feira, durante uma recepção ao embaixador de Cuba em Hanói, Orlando Hernández, o primeiro-ministro do Vietname, Pham Minh Chinh, sublinhou os laços de fraternidade e amizade que ligam ambos os países, noticia a Vietnam News Agency (VNA).
Na ocasião, Chinh, destacando a importância da cooperação bilateral, disse ao embaixador Hernández que os dois países devem implementar orientações e medidas para reforçar as relações tradicionalmente abrangentes entre ambos.
Ao fazer a entrega simbólica do carregamento, o primeiro-ministro explicou que, do volume total, dez mil toneladas foram doadas pelo Partido Comunista (PCV), o Estado e o povo vietnamitas. As restantes 2000 toneladas são uma oferta do Comité do PCV de Hanói a Havana.
A doação, oficializada a 17 de Abril último numa cerimónia em Hanói, foi concretizada esta semana em Haiphong, cidade portuária também no Norte do país asiático. O Partido Comunista, o Estado e o povo vietnamitas procederam à entrega das 5000 toneladas de arroz que tinham prometido a Cuba, para ajudar a Ilha a resolver as suas dificuldades alimentares em plena luta contra a Covid-19. A entrega ocorreu na cidade portuária de Haiphong, a mesma onde, nos anos 60 e 70 do século passado, chegavam o acúçar e outros produtos cubanos em apoio a um povo que então combatia pela sua liberdade e independência, indica o portal Cubadebate. Ao agradecer a doação, a embaixadora de Cuba, Lianys Torres, referiu que este gesto nobre e solidário é expressão das históricas relações de amizade especial e fraternidade entre os dois países. A doação tornou-se oficial no passado dia 17 de Abril, numa cerimónia em Hanói em que a embaixadora recebeu uma carta do secretário-geral do Partido Comunista e presidente do Vietname, Nguyen Phu Trong, dirigida ao seu par cubano, Raúl Castro, e ao presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel. Então, a diplomata cubana lembrou que, 59 anos antes, Cuba enfrentava a invasão da Baía dos Porcos e, em menos de 72 horas, derrotava-a. «Com esse mesmo espírito, o nosso povo está a enfrentar a Covid-19 e também a venceremos», afirmou Torres na altura, antecipando o que está a acontecer agora na Ilha. Na mesma ocasião, o chefe do governo vietnamita, Nguyen Xuan Phuc, expressou o agradecimento do Vietname pelo permanente apoio e a solidariedade de Cuba para com o povo vietnamita, e disse que o seu país estará ao lado do país caribenho para o ajudar a aliviar a dureza do bloqueio e a enfrentar as dificuldades resultantes da pandemia. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Vietname doou a Cuba 5000 toneladas de arroz
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«Vamos acompanhar lado a lado o povo cubano, que nos momentos mais difíceis da nossa história esteve connosco e tornou válida a frase do seu líder, Fidel Castro: "Pelo Vietname Cuba está disposta a dar até o seu próprio sangue"», referiu, citado pela Prensa Latina.
Ao intervir, o embaixador cubano, Orlando Hernández Guillén, agradeceu este gesto ao PCV, ao Estado e ao povo vietnamitas, tendo destacado a confiança existente entre os governos dos dois países.
Durante a pandemia de Covid-19, o Vietname já tinha ajudado o país antilhano a enfrentar as consequências do bloqueio imposto pelos EUA, tendo feito chegar a Cuba 5000 toneladas de arroz e material médicos para enfrentar a situação de emergência sanitária.
Nos últimos dias, vários países, como a Rússia, o México e a Bolívia, enviaram para o país caribenho medicamentos, material hospitalar e alimentos, cuja entrega gratuita à população o Ministério do Comércio Interno cubano prepara.
Mais sanções dos EUA contra Cuba
Entretanto, os EUA decretaram esta sexta-feira mais sanções contra funcionários e entidades cubanos. De acordo com as autoridades da Ilha, tais medidas são irrelevantes do ponto de vista prático, mas têm implicações políticas, uma vez que fazem parte da escalada agressiva contra o país caribenho promovida por Washington.
«Os Estados Unidos não têm a menor autoridade legal, política ou moral para sancionar as pessoas pelo mundo fora», afirmou há dias Bruno Rodríguez, que lembrou o historial pouco abonatório dos EUA em matéria de repressão, de utilização das forças armadas em terceiros países, de vítimas chamadas colaterais e de acções de tortura.
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