A comissão anuncia num comunicado que, «fruto da luta das populações», nomeadamente dos protestos realizados ao longo do último ano, a Linha do Oeste está a funcionar melhor do que há quatro meses.
Apesar da redução das supressões e dos atrasos nas ligações, os utentes admitem que a confiança no serviço público ferroviário na Linha do Oeste, sendo hoje maior, precisa de ser consolidada.
Tal só será possível, dizem, se para além da reposição dos horários anteriores a Agosto de 2018 e da colocação de mais composições, «os horários forem melhorados e o reforço do número de composições consolidado».
No entender dos utentes, os horários actuais «justificam melhorias que permitam o acesso ao transporte ferroviário por quem dele diariamente precisa, nomeadamente, para ir trabalhar, estudar ou recorrer a serviços de saúde».
A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste defende ainda que a CP deve desenvolver uma campanha de incentivo à utilização do comboio, «com a divulgação do serviço agora oferecido».
Ao mesmo tempo reivindica a «imediata colocação ao serviço do material circulante alugado à espanhola Renfe, enquanto não chegam as novas composições, o que só acontecerá dentro de três a quatro anos».
Para a comissão, a consolidação da actual situação só será «aprofundada» com a concretização do plano de modernização da Linha, contestando o adiamento «inaceitável» do concurso para a primeira fase, de Meleças às Caldas da Rainha, quando de acordo com informações governamentais o concurso iria ser lançado no final de 2018.
Entende ainda como necessária a «recentemente prometida aprovação do plano de modernização do troço entre as Caldas da Rainha e o Louriçal», bem como a requalificação das infra-estruturas, designadamente, de estações e apeadeiros, oferecendo mais conforto e melhor informação aos utentes.
A comissão recorda ainda o pedido de reunião com o conselho de administração da Infraestruturas de Portugal, «com quem pretendemos avaliar a actual situação, os investimentos previstos e o financiamento para os mesmos». Entretanto, insiste que é tempo de continuar a luta porque «nem de perto nem de longe» foi alcançado um serviço público de qualidade.
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