Os utentes da Estrada Nacional (EN) 121, no troço entre Ermidas Sado e Santiago do Cacém, «estão ser muito prejudicados» com a obra que está a decorrer na passagem desnivelada desta mesma via, com a construção de uma passagem superior sobre esta estrada, e que se prevê durar mais de nove meses, refere a Comissão num comunicado.
A estrutura critica o facto de a Infraestruturas de Portugal (IP)), responsável pela obra, apresentar como alternativa um caminho municipal que liga São Bartolomeu da Serra à localidade da Mulinheta, com «curvas apertadas, pontos onde dificilmente se cruzam duas viaturas e bermas com valetas muito altas». Desde o passado dia 16, data em que o trânsito começou a ser desviado, «são já vários os acidentes ocorridos, comprovando que o desvio não está dimensionado para a afluência de veículos em causa», observam os utentes.
A situação afecta também os alunos do interior do concelho de Santiago do Cacém, já que, os transportes pesados, nomeadamente os de passageiros, têm de fazer um desvio de cerca de 40 quilómetros, «porque o desvio da Mulinheta não suporta viaturas pesadas», obrigando os estudantes de Alvalade, Abela, São Bartolomeu da Serra e Ermidas Sado a sair das suas habitações cerca das 6h e a regressar pelas 20h30.
Também o socorro às populações residentes nestas localidades, servidas pela EN121, fica ameaçado, «uma vez que os veículos de emergência vão realizar o dobro do tempo», alerta-se na nota.
Na prática, observa a Comissão de Utentes, com as alternativas actuais os utilizadores desta via ficam «duplamente» prejudicados, tendo em conta o aumento do número de quilómetros realizados e consequente subida dos custos.
Na passada quarta-feira, o presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, reuniu-se com a IP para reclamar a suspensão imediata das obras até que sejam definidas alternativas seguras para os utilizadores.
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