Na RTP o ano começou com a revisão do Acordo de Empresa. Apesar do Governo ter assumido os seus objectivos relativos à empresa pública, nove sindicatos entraram na negociação com o Conselho de Administração (CA) da estação pública e apresentaram as suas propostas para a melhoria das condições de vida e de trabalho dos trabalhadores.
De acordo com um comunicado enviado pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN), os sindicatos, na reunião, propuseram um aumento salarial de 6% com o mínimo de 100 euros. Esta reivindicação foi acompanhada pela preocupação do aumento dos preços praticados nas cantinas, encarados como «muito significativos em termos percentuais» e que foram «introduzidos unilateralmente pelo CA desde o início de 2025».
Para as estruturas representativas dos trabalhadores, a solução tem que passar pela redução dos preços praticados ou por aumentos nos subsídios de alimentação «em linha com o aumento gritante do custo de vida».
Relativamente aos salários, o CA apresentou uma proposta que os sindicatos, na sua totalidade, consideram que «não repõem, mesmo de forma gradual, a perda de poder de compra dos trabalhadores». Os mesmos entendem que a administração deve reformular a sua proposta, exigindo que rubricas como o subsídio de alimentação, o trabalho noturno, o trabalho suplementar, o trabalho ao sábado e ao domingo, as deslocações em serviço, sejam incluídas nessa nova proposta.
Apesar de todo o impasse verificado neste campo, segundo a nota da Fectrans, a empresa comprometeu-se a «apresentar um estudo detalhado» sobre áreas de intervenção e matéria pecuniária associada; subsídio por trabalho ao sábado e ao domingo; deslocações em serviço; tabela salarial; e complemento do subsídio de doença. Sobre os salários, o CA disse que irá enviar uma nova proposta antes da próxima reunião que já ficou agendada para o próximo dia 6 de Fevereiro.
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