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Em 2024, o problema da habitação agravou-se em Portugal

O Porta a Porta – Casa para Todos, Movimento pelo Direito à Habitação, sublinha que a habitação continua a ser um dos mais graves problemas do país, o que os organismos públicos confirmam.

Manifestantes participam na concentração contra o programa do Governo «Mais Habitação» e a constante subida das taxas de juro, por parte do BCE, organizada pelo Porta a Porta – Casa para Todos, Movimento pelo Direito à Habitação, frente ao Ministério da Habitação. Esta quinta-feira, a instituição liderada por Christine Lagarde confirmou nova subida da taxa de juro, para 4,25%, agravando ainda mais as dificuldades de quem tem empréstimo à habitação. Lisboa, 27 de Julho de 2023  
Manifestação do movimento Porta a Porta (foto de arquivo)CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

O Porta a Porta aponta como exemplo os números do INE, segundo os quais, no 3.º trimestre de 2024, quando comparado com o mesmo período de 2023, «o valor da renda mediana teve um crescimento homólogo de 10,7%», enquanto «o preço das vendas dos imóveis subiu 9,8% no 3.º trimestre, face ao trimestre homólogo», o que mostra «uma tendência de subida acelerada».

O Movimento pelo Direito à Habitação recorda ainda os números do Instituo Nacional de Estatística (INE) referentes aos salários de 2023, revelando que 65% dos jovens e 70% das mulheres recebem remunerações abaixo dos 1000 euros. Números elucidativos quanto à incapacidade financeira daqueles que vivem e trabalham em Portugal de obterem «casa a preços compatíveis com os salários, reformas e pensões praticados no nosso país». Por outro lado, o FMI coloca Portugal num pequeno grupo de países que não controla a explosão dos preços da habitação.

O Porta a Porta aponta baterias às políticas que nos trouxeram até aqui e que «foram intensificadas por este governo e estão a agravar o problema», ao mesmo tempo que o ano de 2024 se prepara «para vir a ser o ano mais lucrativo de sempre da banca em Portugal, muito graças aos lucros gerados pelo crédito à habitação».

Por fim, o Movimento fala de um ano marcado por grandes lutas pelo direito à habitação, nomeadamente as manifestações nacionais de 27 de Janeiro e 28 de Setembro.

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