A entrevista feita por José Rodrigues dos Santos a Paulo Raimundo, no Telejornal desta segunda-feira, na sequência de um conjunto de entrevistas que o canal público de televisão está a realizar com os líderes partidários, no quadro das eleições legislativas de 18 de Maio, motivou um conjunto de iniciativas por parte do PCP junto da RTP, CNE, ERC e Comissão da Carteira Profissional de Jornalista.
O PCP, para além de afirmar que «não estão em causa opções editoriais», considera «absolutamente inaceitável» os termos em que a entrevista foi conduzida, na qual «não foi feita uma única pergunta sobre a situação política e social do País».
Os comunistas alertam para as «responsabilidades acrescidas» da televisão pública «em períodos eleitorais (como o que vivemos)», em que os órgãos de comunicação social «assumem um importante papel», no quadro dos princípios constitucionais em vigor.
No caso concreto da entrevista desta segunda-feira, o PCP denuncia a actuação do pivot da RTP como «um desonesto exercício de manipulação», e acusa José Rodrigues dos Santos de «aproveitar um espaço mediático para transformar uma entrevista num ajuste de contas». Por outro lado, sublinha que «a liberdade de imprensa não pode ser sinónimo de instrumentalização da titularidade de jornalista para, no uso dessas funções, fazer desaguar as suas concepções ideológicas».
Entretanto, a forma como Rodrigues dos Santos conduziu a entrevista ao secretário-geral do PCP gerou uma onda de indignação, inclusive da parte de profissionais da comunicação social.
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