Em declarações à edição de hoje do Jornal de Notícias, o responsável pelo combate à toxicodependência em Portugal desde 1997 e uma das vozes mais respeitadas a nível mundial, sublinhou que é desnecessária uma intervenção legislativa para introduzir a «cannabis» para utilização terapêutica.
O director do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Depedendências (SICAD) é ouvido esta tarde pelo grupo de trabalho constituído na Assembleia da República, após a apresentação de um projecto de lei do BE. Apesar de pretender regular a utilização terapêutica, a iniciativa abre caminhos que podem levar à liberalização do consumo de «cannabis».
O próprio Goulão alerta que a possibilidade de auto-cultivo lhe levanta dúvidas, face ao risco de que as prescrições médicas venham a servir para outros fins.
A iniciativa do BE foi remetida para a discussão em sede de especialidade e constituído um grupo de trabalho, não tendo chegado a ser votada no plenário, face ao previsível desfecho na altura em que foi feita a discussão – o chumbo.
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