Em conferência de imprensa, o PCP reclamou, ontem, «a defesa do interesse nacional perante interesses económicos que procuram interferir e condicionar decisões no sentido que melhor lhes sirva, sobrepondo objectivos de lucro à prioridade que tem de ser dada à vida, à segurança e saúde das populações».
Os comunistas consideram ainda que «o surto epidémico que o País e o mundo enfrentam» pôs em evidência «a insuficiência de resposta clínica instalada», que se «impõe ultrapassar e eliminar».
De resto, segundo o PCP, «os recentes acontecimentos expõem as contradições, a fragilidade e a volatilidade da situação económica mundial e a incapacidade de estados capitalistas em dar respostas rápidas», e confirmam «a falácia das teorias neoliberais do "menos Estado, melhor Estado"».
Entretanto, os comunistas avançam com elementos para responder à situação do País, nomeadamente a salvaguarda dos salários, rendimentos e direitos dos trabalhadores; a protecção dos postos de trabalho – no sector público e privado; a dinamização do investimento e medidas que acelerem a substituição de importações por produção nacional, designadamente no plano alimentar, com o apoio à pequena e média agricultura, e no sector farmacêutico.
O PCP chama ainda a atenção para a necessidade de, por um lado, combater «todo o tipo de intervenção especulativa, designadamente na evolução dos preços do cabaz de bens essenciais», e, por outro, apoiar as «micro, pequenas e médias empresas por parte do Estado, incluindo com a concretização do anunciado pagamento de dívidas do Estado a fornecedores».
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