«PSD e PS votaram contra, permitindo assim um farto aumento de salários e privilégios», foi como Jerónimo de Sousa caracterizou a posição dos dois partidos face à proposta comunista. O secretário-geral comunista intervinha no debate preparatório do próximo Conselho Europeu que acabou marcado pela discussão sobre os salários dos gestores públicos. A proposta foi chumbada na reunião da Comissão de Orçamento e Finanças.
O estatuto do gestor público, aprovado por PSD e CDS, prevê que os gestores e administradores possam auferir a média dos salários que receberam nos últimos três anos.
O Governo do PS aprovou um Decreto-Lei que isentou os administradores de entidades financeiras de capital público, ou seja, da Caixa Geral de Depósitos (CGD), dos limites estabelecidos, o que suscitou uma apreciação parlamentar do Decreto. PSD e CDS-PP queriam que as regras continuassem tal como estavam, o que, no caso do actual presidente da CGD, lhe permitiria um salário idêntico ao que aufere actualmente.
PCP e BE opuseram-se à iniciativa e os comunistas apresentaram uma proposta que, a ter sido aprovada, introduziria para todos os gestores um limite fixo – 90% do salário do Presidente da República, o equivalente ao salário do primeiro-ministro.
A proposta de alteração foi no entanto chumbada esta manhã com os votos a favor do PCP, do BE e do CDS-PP, e com os votos contra do PS e do PSD.
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