O pedido de reunião foi feito ao ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, que tutela a comunicação social, com o objetivo de informar a tutela sobre a «grave situação» que afeta centenas de trabalhadores a recibos verdes do grupo, conhecidos na empresa como «colaboradores», explicou o Sindicato dos Jornalistas (SJ), em comunicado.
«O SJ, antecipando uma resposta positiva do ministro, pretende clarificar junto da tutela a situação destas pessoas e expressar ao ministro a importância de não deixar esquecidos os pagamentos a estas pessoas, agora e depois de concretizado o negócio da venda de parte dos títulos do Global Media Group», sublinhou.
Segundo o mesmo, «há jornalistas com dois meses de vencimentos em atraso, de acordo com a prática instituída na empresa, e que o SJ sempre contestou, de pagar ao dia 10 do mês seguinte às pessoas sem vínculo laboral permanente».
O caso assume contornos preocupantes já que o sindicato denuncia que há cerca de 100 pessoas à espera de receber os montantes correspondentes ao mês de Março, que teriam de ser pagos até de Abril.
Importa relembrar que esta situação não é nova e para o Sindicato, «o pesadelo e o sofrimento agudizam-se a partir de hoje, pois passou mais um mês, sem que a administração do GMG tenha conseguido encontrar uma solução ou tenha dado uma resposta cabal aos trabalhadores».
Não deixa de ser caricato que, apesar da Autoridade da Concorrência e a Entidade Reguladora para a Comunicação Social terem dado o aval para a compra do Jornal de Notícias (JN), Jornal de Notícias História e os 'sites' NTV e Delas, Notícias Magazine, o desportivo O Jogo, Volta ao Mundo e Evasões por parte do Notícias Ilimitada, a operação não sei tenha realizado e, no entanto a administração da Global Media Group ter avançado com investimentos no DN, depois de uma ronda de despedimentos.
O SJ considera, pois, que a operação de compra se deve concluir de forma célere, caso contrário «é deixar à fome as largas dezenas de pessoas que têm agora dois salários em atraso e voltando a atirar para as garras da ansiedade aqueles que tiveram a sorte de receber o mês de Março, num processo que cuja discricionariedade não se entende, com uma frieza que não se pode tolerar».
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