O Novo Banco (NB) foi um tema transversal a diversos grupos parlamentares no debate quinzenal desta quarta-feira, na Assembleia da República, nomeadamente o PAN, que abriu o debate, e o PSD, que falou apenas desse tema. Rui Rio, referindo o NB, falou do «maior crime de colarinho branco», omitindo a enorme responsabilidade do seu partido e do governo PSD/CDS-PP na resolução do banco, que o PS acabaria por vender ao desbarato.
O BE também não fugiu ao tema. Catarina Martins centrou a sua intervenção na questão do NB e nas chamadas «falhas de comunicação» entre o primeiro-ministro e o ministro das Finanças, abordando ainda a necessidade de apoio aos trabalhadores precários, nomeadamente na área da cultura.
Por seu lado, o PCP, para além da questão relativa à saúde e segurança no trabalho, manifestou preocupação com a situação que está criada a milhares de micro, pequenas e médias empresas, considerando que as medidas de apoio do Governo a este sector «estão cheias de alçapões por onde se esvaem e desaparecem as medidas que se anunciam», transformando-se em «autênticas cláusulas travão», que nuns casos as anulam e noutros lhes retiram eficácia.
Jerónimo de Sousa, tal como já havia feito o grupo parlamentar do PS, sublinhou o papel insubstituível do Serviço Nacional de Saúde e a necessidade do seu reforço, manifestou preocupação face ao que considerou ser uma grande operação desencadeada pelos grupos económicos que se dedicam ao negócio da doença e que, a propósito dos atrasos verificados no tratamento de outras patologias, procuram agora «posicionar-se para ficar com a recuperação de milhares de cirurgias, exames de diagnóstico e tratamentos», a custa dos dinheiros públicos.
Entretanto, António Costa anunciou reuniões com os partidos representados no parlamento, para as próximas segunda e terça-feira, com o objectivo de discutir o orçamento suplementar.
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