|Ensino Superior

Valor pode chegar aos 7 mil euros

Universidades portuguesas aumentam propinas a estudantes de Timor e do Brasil

As instituições do Ensino Superior passaram a cobrar a propina para estudantes internacionais aos alunos oriundos de países de Língua Oficial Portuguesa, o que representa uma subida que pode chegar a cerca de 700%.

Na Universidade de Coimbra, a propina a pagar pelos estudantes internacionais é de 7 mil euros
CréditosManuel Botelho / CC BY-SA 4.0

A situação foi denunciada no final de Julho pelo grupo parlamentar do PCP, que endereçou uma pergunta escrita ao ministro do Ensino Superior, relatando situações de estudantes timorenses e brasileiros aos quais passaram a ser cobradas as propinas de estudante internacional no ano lectivo passado.

Estes estudantes, a frequentar instituições do Ensino Superior português ao abrigo de protocolos de cooperação, no caso dos timorenses, ou do Estatuto de Igualdade, no caso dos brasileiros, pagavam, até então, a propina portuguesa – a máxima está fixada em 1063 euros para o primeiro ciclo.

A alteração foi confirmada pelo gabinete de Manuel Heitor na resposta, com data de 22 de Agosto e que foi hoje divulgada pela bancada comunista. No documento, é afirmado que, à excepção dos estudantes portugueses ou nacionais de estados-membros da União Europeia, todos os restantes são considerados estudantes internacionais.

As propinas para estudantes internacionais praticadas pelas maiores universidades portuguesas oscilam entre os 3000 e os 7000 euros para o primeiro ciclo de estudos, ou seja, um valor que pode chegar a sete vezes mais o que é pago pelos estudantes nacionais.

Na divulgação da resposta governamental, o PCP recorda que «defende, desde sempre,  a gratuitidade do Ensino, independentemente do grau, incluindo por isso o Ensino Superior, considerando que é uma obrigação do Estado e um direito constitucionalmente consagrado».

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