Num «congresso de mulheres, para falar entre e para mulheres», o Fórum Municipal Luísa Todi acolheu hoje o X Congresso do Movimento Democrático de Mulheres (MDM), um momento da maior importância para esta organização, que se destaca pela sua representatividade, dimensão e actividade política.
Segundo a organização, mais de meio milhar de pessoas estão presentes no Fórum Luísa Todi, entre as quais 350 congressistas, bem como aderentes do MDM e cerca de uma centena de convidadas, oriundas de um conjunto alargado de organizações portuguesas e movimento sociais parceiros.
Do plano internacional, o MDM conta com a presença da presidente da Federação Democrática Internacional de Mulheres, Loreana Peña, deputada e ex-presidente da Assembleia Legislativa da República de El Salvador, mas também organizações de mulheres vindas de outros países, como Cabo-Verde, Guiné, Chipre e Espanha.
Um espaço não só de discussão, mas também de valorização das lutas das mulheres
Entre os pontos de discussão, o X Congresso do MDM tem em cima da mesa, além de uma abordagem da situação internacional e de solidariedade com todas as mulheres do mundo, um importante momento de discussão e análise das condições das mulheres em Portugal: como trabalhadoras, mães e cidadãs com um papel activo, de extrema relevância, em todas as esferas da sociedade.
Destacamos as dicussões em torno das questões das mentalidades, dos variados tipos de violência, bem como da situação laboral como condição essencial para a emancipação das mulheres, a exigência de maior justiça, protecção social e, sobretudo, condições materiais fundamentais para que a igualdade plena na vida possa ser efectivamente exercida pela mulheres.
A par da análise, no X Congresso do MDM vai também ser eleita a nova direcção do movimento e traçadas perspectivas de luta para os próximos quatro anos. Foram também apresentados os resultados da campanha de adesão do MDM, que em muitos poucos meses teve mais de 150 mulheres a aderir ao movimento, com faixas etárias baixas, entre as quais muitas jovens.
Um facto de enorme relevância para o MDM, que afirma que, passados 50 anos, as mulheres jovens reconhecem no movimento «um espaço de participação e sobretudo de intervenção para conduzir a luta das mulheres num caminho efectivo de exigência e para que as mulheres desenvolvam o seu potencial em igualdade e vivam em condições dignas».
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