Os autores do documento, consideram que a «valorização da corrida e a promoção da prática desportiva de matriz popular devem ser objectivos de fundo», e sublinham que a intenção de regular, para além do aceitável, «a prática da corrida ou a limitação do acesso a provas de atletismo», através da imposição de licenças ou obrigações federativas, afecta «milhares de atletas amadores, associações, clubes e equipas que diariamente se empenham para a valorização da corrida nas suas diversas modalidades e reforçam as fileiras do desporto popular».
Por outro lado, o manifesto alerta para o facto de estas imposições contrariarem «os desígnios da Constituição da República», no que se refere ao direito à cultura física e ao desporto, consagrado no seu artigo 79.º, e afirmam que a responsabilidade do Estado português pelo funcionamento das estruturas desportivas não deve ser transferida para os atletas «numa óptica mercantilista do desporto com base no princípio do utilizador-pagador».
Os autores do manifesto, em contacto com atletas, clubes, associações desportivas e equipas, federados ou não, estão a recolher subscrições com o objectivo de «contestar a decisão da Federação Portuguesa de Atletismo e de unir este desporto a uma só voz pela liberdade de correr».
Entretanto, o manifesto conta já com o apoio público de atletas no activo, antigos atletas olímpicos e individualidades ligadas ao processo de democratização desportiva.
O manifesto pode ser subscrito em “https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=ManifLiberdadeCorrer”.
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