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Cedências não travam protestos dos «coletes amarelos»

As promessas de Macron e do seu governo foram insuficientes para desmobilizar os «coletes amarelos», que vão no quarto sábado de protestos por toda a França. Esquerda já avançou com moção de censura.

Um manifestante empunha uma pancarta onde se lê «Stop», com a figura do presidente francês, Emmanuel Macron, em Paris, França. 8 de Dezembro de 2018
CréditosIan Langsdon / EPA

O dia de hoje voltou a ser marcado pelos protestos dos «coletes amarelos» em toda a França, com particular intensidade na capital Paris. Apesar de o governo de Emmanuel Macron ter decidido, esta semana, adiar o aumento no imposto sobre os combustíveis, entre outras medidas, as mobilizações voltaram a juntar dezenas de milhares de pessoas em várias cidades.

O presidente Macron é, cada vez mais, o principal visado dos «coletes amarelos», que pedem a sua demissão. A França Insubmissa, o Partido Socialista e o Partido Comunista Francês já apresentaram na Assembleia Nacional uma moção de censura.

Para além do adiamento do novo impostos sobre os combustíveis, o governo francês também abriu a porta a reavaliar a reposição do imposto sobre as grandes fortunas, que foi substituído, no início do ano, por um outro imposto de alcance mais limitado.

O dispositivo policial, que, segundo os número oficiais, reuniu mais efectivos que manifestantes, é outra das marcas do dia de hoje. Apesar de, até ao início da noite, os registos de confrontos serem bastante mais limitados do que há uma semana, o número de detidos é muito superior: 724 em todo o país, 534 dos quais apenas em Paris, segundo dados oficiais.

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