A greve dos trabalhadores da Unicer teve uma adesão próxima dos 100%. Hoje realizar-se-á um plenário para debater o «endurecimento das formas de luta» uma vez que a empresa mantém a sua posição de recusa de aumento de salários, afirmou Francisco Figueiredo, dirigente da Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab), estão em causa aumentos salariais e a «dignificação do trabalho» na Unicer.
A greve dos trabalhadores realizou-se de sexta-feira a domingo, às duas primeiras e duas últimas horas de trabalho, tendo a empresa «feito algumas tentativas de substituição dos trabalhadores», denunciou à imprensa Francisco Figueiredo.
Segundo o dirigente sindical, no decorrer da paralisação, houve perturbação na distribuição, «reclamações da falta de produto» e os prejuízos causados nestes dias serão superiores ao que a empresa gastaria com um aumento salarial.
Na discussão com a administração, foi apresentada a proposta do sindicato de um aumento de 3%, no mínimo de 30 euros, que a empresa recusou. Para o sindicalista, não há nenhuma razão para que a empresa não apresente uma proposta concreta de aumentos salariais, até porque «deu 33 milhões de euros de lucros em 2014 e 27 milhões em 2015».
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