Após a fusão de cinco empresas em 2021, a Continental Structural Plastics, a Benet Automotive, a Victall, a Teijin Automotive Center Europe e a portuguesa Inapal Plásticos, a TEIJIN Automative Technologies afirmou-se como a líder mundial em tecnologias diversificadas de materiais compósitos e multimateriais. Presente em vários países, espalhados por três continentes, a multinacional opera em Portugal na Leça do Balio, Matosinhos, e na Autoeuropa, em Palmela.
No caderno reivindicativo apresentado à empresa pelas comissões sindicais do SITE Norte/CGTP-IN (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte) e do SITE Sul/CGTP-IN (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul), salienta-se a necessidade urgente de reforçar de uma forma significativa os salários base dos trabalhadores, depois de anos de «"revisões” salariais insuficientes para repor o poder de compra perdido».
No documento apresentado à empresa, e a que o AbrilAbril teve acesso, é destacado o facto de todas as propostas apresentadas pelas estruturas sindicais emanarem das posições expressas pelos trabalhadores da TEIJIN Automotive Portugal no plenários «realizados no passado dia 7 de Novembro de 2024, em Palmela e Leça do Balio». O destaque principal incide na exigência de um aumento salarial de 150 euros com retroactivos a Janeiro,
«O aumento do salário base constitui a principal forma de enfrentar o agravamento do custo de vida e a perda de poder de compra, que se reflecte na degradação das condições de subsistência dos trabalhadores e das suas famílias», referem os sindicatos.
Os trabalhadores consideram ainda ser «imprescindível» a actualização dos subsídios de alimentação e de transporte, «na medida em que constitui mais uma forma de minimizar o impacto do crescente custo de bens essenciais, como a alimentação e o combustível». A proposta é a de aumentar esses valores para 10,20 euros e 3,60 euros, respectivamente. É ainda feita referência à reivindicação da aplicação de uma jornada semanal de 35 horas.
A acção de luta reivindicativa começou hoje, 16 de Abril, às 12h, no primeiro-turno da TEIJIN Automative Technologies, prolongando-se até às 14h. Ao longo do dia, a produção nas instalações de Leça do Balio e na Autoeuropa, em Palmela, volta a paralisar no 2.º turno entre as 14h e as 16h e no 3.º, entre as 22h e a meia-noite. A greve é acompanhada em Matosinhos por uma concentração a realizar entre as 12 e as 16h, que conta com a presença de Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP-IN, e na Autoeuropa, no mesmo horário.
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