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STARQ: arqueólogos alertam para o «abandono e degradação» do património de todos

No Dia Internacional dos Monumentos, 18 de Abril, o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ/CGTP) denunciou a degradação da Villa Romana de Pisões, em Beja. Um exemplo, entre muitos, de património abandonado.

Acção de denúncia do Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ/CGTP-IN) na Villa Romana de Pisões, em Beja, por ocasião do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. 18 de Abril 
Créditos / STARQ

«Apesar da sua importância histórica, cultural e científica», a Villa Romana de Pisões, um sítio arqueológico localizado na Herdade de Algramaça, em Beja permanece há anos «sem a devida protecção, vigilância ou valorização», denunciou o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ/CGTP), numa acção realizada nesse espaço no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, 18 de Abril.

Esta grande casa senhorial construída no período de ocupação romana da Península Iberica, ocupada entre os séculos I a IV d.c. e, posteriormente à queda do Império Romano, utilizada até ao chegada dos Visigodos, encontra-se numa situação de grande degradação, lamentou o sindicato: «mosaicos deteriorados, estruturas expostas e a ausência de um plano de conservação».

Sem intervenção do Estado, fica em risco «um património inestimável que deveria ser motivo de orgulho regional e nacional»: a preservação do património «exige investimento público contínuo e recursos humanos especializados». A protecção de sítios arqueológicos como Pisões não pode continuar a depender, afirma o STARQ, «de projectos pontuais ou de trabalho precário».

O sindicato propõe, nesse sentido, a criação de «postos de trabalho permanentes em arqueologia, conservação e museologia»; o «reforço das equipas técnicas» dos organismos públicos responsáveis pelo património cultural e a «implementação de planos de intervenção imediata» nos sítios em risco, como é o caso de Pisões.

Aproveitando a carga simbólico do dia 18 de Abril, o sindicato, presente na Villa Romana de Pisões, reafirmou o seu compromisso com o património e «com quem o protege todos os dias», na maior parte dos casos «de forma invisível, precária ou mesmo voluntária».

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