A sessão, com início previsto para as 16h, insere-se nas Comemorações do Centenário do Nascimento de João José Cochofel e integra-se no 12.º aniversário do Museu do Neo-Realismo, segundo nota enviada à imprensa pelo Museu, sediado em Vila Franca de Xira.
A homenagem incluirá uma «mostra/pequena exposição» na Livraria do Museu, bem como a leitura de poemas de João José Cochofel, intercalados com «apontamentos musicais para coro, tenor/solista e piano». A entrada é livre, mas está limitada à lotação do espaço.
Figura destacada do neo-realismo
Nascido em Coimbra, em Julho de 1919, no seio de uma família abastada, João José de Melo Cochofel Aires de Campos cedo se interessou pela poesia e pela música, tendo desenvolvido uma actividade profícua em ambas as áreas.
Cochofel foi «o terceiro poeta, depois de Fernando Namora e Mário Dionísio, a publicar nessa modelar e mítica colecção que foi o Novo Cancioneiro», lê-se numa peça publicada no semanário Avante!, em Julho último. «Faz, portanto, parte da 1.ª geração neo-realista, a que podemos estabelecer no espaço temporal entre a Guerra Civil de Espanha e a 2.ª Guerra Mundial», informa ainda o periódico.
O poeta e crítico coimbrão aderiu ao realismo materialista, que se constituiu, no âmbito da criação artística, como «modo de resistência e oposição ao salazarismo, de renúncia às orientações que António Ferro pretendia impor às artes com a denominada "política do espírito"».
Colaborou em múltiplas publicações periódicas, como Sol Nascente, O Diabo, Gazeta Musical e de Todas as Artes, Altitude e, a partir de 1944, na revista Vértice, da qual foi secretário.
Entre as suas obras, em que se contam livros de poesia, ensaio e crónicas, figuram os títulos Sol de Agosto (1941), Descoberta (1945), Os Dias Íntimos (1950), Iniciação Estética (1958), Quatro Andamentos (1966), 46.º Aniversário (1966), Críticas e Crónicas (1982).
Director da Academia dos Amadores de Música de Lisboa e da Sociedade Portuguesa de Escritores, faleceu em Março de 1982.
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