Os trabalhadores do Centro de Férias de Albufeira da Fundação INATEL estiveram em greve durante o dia de hoje. Durante a manhã, concentraram-se junto ao Centro de Férias, fazendo posteriormente uma deslocação pelas várias zonas que integram a unidade hoteleira, tendo sido distribuído um comunicado a denunciar a degradação dos salários e das condições de trabalho.
Para diminuir os efeitos da greve, vários trabalhadores que eram para estar de folga foram chamados para trabalhar, denunciou o Sindicato da Hotelaria do Algarve. Este enviou ontem um pedido de intervenção à Autoridade para as Condições do Trabalho a denunciar a substituição dos trabalhadores em greve, mas «a resposta resumiu-se a um telefonema a informar que não havia razão para ir ao local porque a empresa estava a cumprir a Lei».
Durante a deslocação, os trabalhadores gritaram várias palavras de ordem: «contra a discriminação, a luta é a solução», «aumentos salariais, para já e sem demora», «35 horas, para já e sem demoras».
Trabalhadores exigem resposta aos seus problemas
Os trabalhadores afirmam que estão disponíveis para novas formas de luta se entretanto a administração da Fundação INATEL não der resposta positiva às suas reivindicações, nomeadamente a reposição imediata da progressão da carreira dada em Janeiro deste ano e logo retirada em Fevereiro, a reposição do pagamento dos feriados com um acréscimo de 200% e a extensão das 35 horas semanais, que já estão em prática na Sede, a todos os trabalhadores.
Com esta luta os trabalhadores também pretendem dizer à actual administração que estão saturados de anos sucessivos de promessas de negociação de um Acordo de Empresa que regule os direitos e os deveres das partes, exigindo o início do processo negocial o quanto antes.
Esta situação decorre porque, entre outras razões, os salários estão congelados há vários anos, as condições de trabalho tornaram-se «bastante penosas e desgastantes» devido à redução de trabalhadores, o pagamento do trabalho suplementar foi cortado para metade, e a «pressão e a ameaça» sentidas pelos trabalhadores.
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