«Asas d’Areia», que teve apresentação ontem nos Armazéns Papéis do Sado, em Setúbal, é um espectáculo cujo objecto são os povos migratórios e os campos de refugiados, invocando à reflexão sobre as suas condições de vida e expectativas de futuro.
A peça pretende fundir o vídeo documental e conceptual com o circo contemporâneo, envolvendo a arte do equilíbrio, no arame e na corda bamba, a dança e as formas animadas e tem como cenário a ilustração da ideia do campo de Moria, na ilha grega de Lesbos.
A encenadora e directora artística, Julieta Aurora Santos, explicou ao Serviço de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal de Setúbal que «a questão humana foi o que nos moveu para levar esta realidade ao maior número de pessoas e sensibilizar para esta questão. Não podemos fazer muito por esta gente, mas podemos trazer para a consciência de cada pessoa esta realidade».
A produção conta com imagens e sons reais reproduzidos de diversos campos de refugiados gregos, captados e realizados pela videasta Isabel Teixeira. E a banda sonora, construída para a produção, envolve a edição de sons produzidos e reais, foi desenvolvida pela VJ Carlotta Premazzi e é da responsabilidade de Tiago Inuit.
O Teatro do Mar é uma companhia profissional e multidisciplinar, fundada em 1986, vocacionada, essencialmente, para a criação para espaços públicos, no segmento de teatro de rua.
A companhia sineense apresentará «Asas d’Areia», em Sines, a 8 de Fevereiro, e em Setúbal, no dia 2 de Julho, na abertura da segunda edição da MAPS – Mostra de Artes Performativas.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui