«Ó Vila de Olhão» foi composta nos começos da década de 1960, em plena ditadura fascista, quando José Afonso (1929-1987) era professor do Ensino Secundário, em Faro, e proibida pela censura.
Só depois do 25 de Abril de 1974 voltou a ser editada a canção da «madrinha do povo», que alertava o pescador para o «ladrão que não paga», para o dono do peixe que levava até ao cais de Olhão.
Neste disco, José Afonso é acompanhado por Rui Pato na viola.
O EP inclui ainda as canções «Coro dos Caídos», «Maria» e «Canção do Mar», todas com letra e música de José Afonso.
A Valentim de Carvalho, em comunicado, refere-se a José Afonso como «um dos mais importantes nomes da cultura nacional», «fundamental na inspiração e empoderamento de um país em luta contra o fascismo, pela liberdade, equidade, fraternidade».
A editora lembra igualmente que José Afonso foi responsável por ter revolucionado «a canção de Coimbra, o canto de intervenção e a música popular».
José Afonso «experimentou e lançou pistas para a descoberta de ligações entre África e a Beira Baixa», e o seu «legado iluminou os seus pares, em gerações consecutivas, até hoje», conclui a editora.
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