Sindicato alerta para as intenções cada vez mais claras dos accionistas privados

Qual o futuro da TAP?

O Sitava denuncia indicadores que podem pôr em causa o futuro da TAP, por intenções e acções dos accionistas privados. Exige medidas do Governo, lembrando as promessas e a condição do Estado como accionista.

O Sitava alerta para a possível transformação da TAP num negócio para os accionistas privados
CréditosAlex Beltyukov / CC BY-SA 3.0

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) denuncia num comunicado as intenções contidas no designado plano de negócios da TAP por parte dos accionistas privados. Neste âmbito, pedem reunião urgente ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, para exigir que o accionista Estado assuma a sua responsabilidade.

O sindicato acusa os accionistas privados minoritários de, para além «de terem sobrecarregado a TAP com mais um empréstimo de 120 milhões de euros e de terem anulado, sem qualquer legitimidade, a encomenda dos A350, não falando nunca mais dos proveitos que daí resultaram», nada mais terem mostrado.

No entender da estrutura sindical está a ocorrer por parte dos privados uma «manipulação, a seu belo prazer, dos lugares de decisão dentro da empresa, das transferências de custos para a TAP, que antes oneravam os seus negócios pessoais», assim como sucessivos anúncios no sentido de ir preparando a opinião pública para a transformação da TAP numa low cost, pretendendo torná-la uma empresa de baixo custo e assim gerar maiores dividendos.

No comunicado reclamam que os trabalhadores e o país sejam informados sobre o rumo da TAP, e mencionam ainda rumores sobre o encerramento de todas as lojas físicas, o aumento do número de cadeiras nos aviões de todas as frotas, reduzindo drasticamente o espaço para conforto dos passageiros, e sobre a deslocalização de trabalhos da Manutenção e Engenharia.

O sindicato exige a intervenção do accionista Estado, questionando que medidas tomará o Governo para cumprir a promessa de «fazer reverter esta ruinosa negociata».

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