Greve de 24 horas na refinaria de Sines

Os trabalhadores das empresas do consórcio que assegura a manutenção da refinaria de Sines da Petrogal marcaram greve para dia 29, reclamando aumentos salariais.


 

Trabalhadores da refinaria de Sines exigem a actualização dos salários para todos
CréditosSITE-Sul

Em plenário realizado junto à porta da refinaria, foi analisada a falta de resposta das empresas às reivindicações apresentadas, em particular quanto aos aumentos salariais. Foi assim decidido pelos trabalhadores a marcação de uma greve de 24 horas para dia 29 de Setembro, com concentração à porta da unidade industrial.

A resolução aprovada no final do plenário refere que os trabalhadores não entendem que as empresas ainda não tenham apresentado uma proposta de aumento salarial para 2016, no seguimento das reuniões realizadas sobre o caderno reivindicativo deste ano.

Ao tomarem conhecimento de que o consórcio deu aumentos a alguns trabalhadores, no valor de 50 euros, «sem qualquer critério», exigem que todos tenham os seus salários actualizados no mesmo valor.

«Grande maioria [dos trabalhadores] não teve nos últimos sete anos qualquer actualização salarial»

Apesar de o consórcio ter corrigido os salários de alguns trabalhadores e ter prometido que iria corrigir outros ainda este ano, a grande maioria não teve nos últimos sete anos qualquer actualização salarial.

Reconhecendo que o consórcio liderado pela EFATM/ATM deu respostas positivas ao caderno reivindicativo, mas sabendo que não quer actualizar os salários de todos os trabalhadores em 2016, foi decidido expressar descontentamento com a marcação da greve. Os trabalhadores decidiram ainda mostrar a sua total indisponibilidade para qualquer trabalho suplementar durante o período de greve.

A Comissão Sindical e o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE-Sul) ficaram mandatados para, nestes dias, discutirem com o consórcio os aumentos salariais para 2016.

No dia 29, de manhã, os trabalhadores vão novamente reunir em plenário, à porta da refinaria, para analisarem as respostas do consórcio e, se necessário, decidirem novas formas de luta.

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