A Fantástica Viagem de Marona conquistou também o prémio de Melhor Banda Sonora, pela música composta por Pablo Pico.
«Escolhemos este filme pela abordagem inteligente e impressiva (...) do modo ver e compreender as coisas», disse o júri do festival, constituído pelos artistas, cineastas e programadores Nicolau Tudela, Agnàs Merley e Otto Alder. O júri destacou ainda a «riqueza visual» da obra e «a importância da esperança», no seu enredo.
Distinguida nos festivais de Dublin (Irlanda), Estrasburgo (França) e Gijón (Espanha), A Fantástica Viagem de Marona, uma co-produção que envolve França, Bélgica e Roménia, é a mais recente longa-metragem de Anca Damian, vencedora do grande prémio de Annecy, em 2012, com O Sr. Crulic, e que tem o próximo filme, The Island, em preparação.
A longa-metragem Buñuel no Labirinto das Tartarugas, do espanhol Salvador Simó, recebeu o Prémio Especial do Júri, «pela força» com que as técnicas de animação se conjugam com as imagens reais do documentário histórico Terra Sem Pão, Las Hurdes, dirigido por Luís Buñuel (1900-1983), em 1933, três anos depois de ter estreado L'Age d'Or, obra de referência do surrealismo no cinema.
Em Buñuel no Labirinto das Tartarugas, «há um cruzamento evidente da vertente surrealista (pensamentos libertos de toda a preocupação lógica), em contraste com a realidade social das pessoas, retratando a pobreza em que vivem, numa Espanha que viria ser dominada pela ditadura», destacaram os jurados, numa referência à vitória das forças fascistas do general Francisco Franco, no final da Guerra Civil espanhola (1936-1939).
Na sessão de encerramento, o director artístico do Monstra, Fernando Galrito, disse que a edição de 2021, que deverá ter lugar entre 10 a 21 de Março, vai homenagear o cinema belga de animação.
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