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Guardas-florestais desvalorizados pela GNR

A sistemática omissão, por parte da GNR, das funções destes profissionais no quadro do cumprimento da legislação florestal traduz-se na sua desvalorização profissional e na falta de condições de trabalho.

Guardas-florestais do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente - GNR no terreno
Créditos / GNR

A denúncia é feita num comunicado da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN), onde se afirma que a GNR continua a «ignorar e a não valorizar deliberadamente» a existência, no seu quadro de pessoal civil, de mais de 400 guardas-florestais, «com funções de policiamento e fiscalização do cumprimento da legislação florestal, da caça e da pesca» e que são, igualmente, órgão de polícia criminal para a investigação da causa dos incêndios florestais.

A federação dá como exemplo desta atitude uma nota em destaque no portal da GNR, divulgada na passada sexta-feira, em que a corporação dá conta de uma acção de fiscalização de um «corte e poda ilegal de cerca de 3000 azinheiras», referindo que «os militares da Guarda detectaram, numa área aproximada de 42 hectares, o corte rente de 1939 azinheiras».

No entanto, quem detectou a infracção e levantou os respectivos autos foi a Equipa de Protecção Florestal (EPF), que é composta exclusivamente por guardas-florestais, profissionais habilitados e com as competências legais adequadas para o efeito, lembra a estrutura sindical.


Outro exemplo é a omissão dos guardas-florestais no seu site, onde se podem encontrar dezenas de fotografias alusivas à missão da Guarda, não havendo uma única de guardas-florestais, apesar de estes já se encontrarem ao serviço da GNR há 15 anos.

A FNSTFPS considera «inaceitável» este comportamento e afirma que tal facto se traduz na «desvalorização profissional e salarial», bem como na ausência de condições e de meios de trabalho» a que estes trabalhadores estão sujeitos, como é o caso das viaturas TT e do armamento atribuído.

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