«Portugal não pode continuar à espera» é o mote do manifesto que conta, entre os primeiros subscritores, com os médicos António Graça, Hugo Capote, João Goulão, João Correia da Cunha, Jorge Campos e Silva Santos. Segundo nota enviada à imprensa, trata-se de um «grupo de cidadãos empenhados no rápido avanço do processo de vacinação» que exortam o Governo a desbloquear o fornecimento de vacinas.
Nesse sentido, assume-se como objectivo a adopção de medidas excepcionais de emergência que permitam o desenvolvimento da produção de vacinas em território nacional e ainda o alargamento da compra de doses «a outras entidades produtoras aprovadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)».
Os subscritores entendem que a vacina contra a Covid-19 é «um bem público e o seu bom uso um imperativo de saúde pública e humanitário, incompatível com quaisquer limitações à sua produção, distribuição ou administração». Aliás, a existência deste bem deve-se a «extraordinários avanços da ciência e da tecnologia verificados neste último ano», os quais só se concretizaram pelos elevados «investimentos com dinheiros públicos disponibilizados».
O manifesto chama a atenção para o facto de «estar longe de ser cumprido» o objectivo de inocular sete milhões de pessoas no País até ao fim de Setembro, tendo em conta o ritmo a que as doses que estão a ser disponibilizadas.
Explica-se também que, para que se cumpra essa meta, têm de chegar a Portugal, «mensalmente e sem atrasos, 2,2 milhões de doses» para que se «assegure a administração de 75 mil doses por dia, em média».
São cerca de 50 os subscritores desta iniciativa, que conta com personalidades de diversas áreas da ciência, medicina, cultura, ensino, justiça, entre outras.
Subscritores:
Adriano Bordalo e Sá, biólogo
António Bernardo Colaço, Juiz Conselheiro jubilado
António Branco, professor universitário
António Graça, médico
Bernardino Soares, Presidente da Câmara Municial de Loures
Carlos Carvalhas, economista
Carlos de Sousa, médico
Carlos Mota Soares, professor universitário
Daniel Santos, investigador
Domingas Pereira, médica
Duarte Caldeira, professor universitário especialista em protecção civil
Estevão Alves, Major General reformado
Francisco Allen Gomes, médico psiquiatra
Francisco Duarte, arquitecto
Gabriel Gomes, músico
Galopim de Carvalho, professor universitário
Hugo Capote, médico cirurgião
Jaime Teixeira Mendes, médico
Joana Deq Mota, médica
João Correia, advogado
João Correia da Cunha, médico
João Durão de Carvalho, engenheiro hospitalar
João Ferreira, biólogo
João Goulão, médico
João Veloso, professor universitário
Joaquim Judas, médico
Joaquim Santos, Presidente da Câmara Municipal do Seixal
Jorge Aires, Major General reformado
Jorge Bateira, economista
Jorge Campos, médico e professor jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
José António Gomes, escritor
José Augusto Araújo, médico nefrologista, ex-Director do Serviço de Nefrologia do Hospital da Região Autónoma da Madeira.
José Batista, engenheiro hospitalar
Luís Pragana, professor
Luís Vicente, actor
Manuel Loff, historiador e professor universitário
Manuel Pires da Rocha, músico
Marina Albuquerque, actriz
Romeu Bentes Marcelo, Capitão-mar-guerra reformado
Rui Eugénio, oficial de justiça
Rui Máximo, Comandante de Corpo de Bombeiros
Rui Oliveira, médico de saúde pública
Salgado Almeida, médico e delegado de saúde da Ilha do Corvo.
Sérgio Vicente, artista plástico
Silva Santos, médico de saúde pública
Teresa Gago, médica dentista
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