«Nenhum realizador expressou melhor esses valores [humanos] do que o Vittorio de Sica, e muito poucos filmes significaram tanto, para tanta gente, como o Ladrões de Bicicletas (…) é o pináculo do neo-realismo». É nestes termos que Martin Scorsese, realizador norte-americano, descreve um dos mais importantes e conhecidos filmes do cinema italiano, realizado por de Sica em 1948, e vencedor de um óscar no ano seguinte.
Do conjunto de obras de de Sica estão também programadas sessões dos seus filmes, O Milagre de Milão e Umberto D. Este último, com estreia em 1953, retrata a história de um pobre pensionista que, destituído de amparo e bens materiais, procura encontrar quem lhe tome conta do seu pequeno cachorro, seu único companheiro.
Vittorio de Sica devolve a humanidade às franjas mais exploradas e ignoradas da sociedade italiana do pós-guerra, fazendo representar os seus personagens por amadores, sem experiência cinematográfica, operários que todos os dias calcorreavam as mesmas ruas que os heróis dos seus filmes.
A partir de 1 de Julho serão também exibidas duas obras do realizador Valerio Zurlini que, a par de Michelangelo Antonioni e Pier Paolo Pasolini, foi uma das figuras centrais do modernismo no cinema de Itália da década de 60.
Outono Escaldante e A Rapariga da Mala são dois dos seus filmes mais emblemáticos, este último conhecido também por ser protagonizado por uma jovem Claudia Cardinale em inícios de carreira.
As sessões, dinamizadas pela Medeia Filmes, são diárias no Cinema Nimas, em Lisboa, e no Teatro Campo Alegre. Estão também planeadas algumas sessões no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, no Auditório Municipal de Setúbal, Cinema Charlot, e em Coimbra no Teatro Académico Gil Vicente.
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