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Lidl cresce em pandemia à custa da exploração

A empresa, mesmo em contexto de pandemia, teve crescimento de lucros. Crescimento garantido à custa dos trabalhadores que, mesmo sob enorme pressão, não tiveram aumentos salariais.

CréditosJosé Sena Goulão / Lusa

O Lidl investiu 180 milhões em Portugal, abriu 261.ª loja no ano passado e as suas vendas cresceram 9,5%, para os 89 mil milhões de euros.

No entanto, embora apresente lucros e investimentos milionários, a empresa continua sem responder à proposta de aumentos salariais dos trabalhadores, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP/CGTP-IN) em comunicado.

«Não se compreende por que razão a administração ainda não deu resposta à proposta de aumento dos salários de todos os trabalhadores em 3 euros por dia e a fixação do subsídio de alimentação em 8,5 euros», refere a organização sindical.

Sublinhando que a empresa tem «todas as condições financeiras para melhorar as condições de vida» dos seus funcionários, o CESP alerta para os baixos salários e «ritmos desumanos» que afectam estes trabalhadores, agora reconhecidos como essenciais para o País.

Para além disso, os trabalhadores exigem o aumento das cargas horárias, para, no mínimo, de 32 horas semanais, uma vez que o Lidl «usa e abusa» do recurso a cargas inferiores a 20 horas semanais, com disponibilidade para trabalhar em qualquer horário, inviabilizando a possibilidade de estes terem outro emprego e assim complementarem o seu rendimento mensal.

O sindicato avisa que a luta vai continuar também relativamente a todas as outras matérias inscritas no caderno reivindicativo decidido pelos trabalhadores e que até ao momento não foram aceites pela empresa.

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