O Festival «A Estrada» surgiu de uma proposta da produtora Transiberia, em parceria com a Câmara Municipal de Santiago do Cacém (CMSC) e o atelier de arquitectura e reabilitação urbana, Artéria. «Através de uma programação fundada na relação entre propostas artísticas contemporâneas e a especificidade da cultura local», o evento pretende qualificar e dinamizar a «oferta cultural da região».
A primeira edição d'«A Estrada» funcionará como uma espécie de laboratório, onde os intervenientes vão experimentar o terreno, auscultando-o, potenciando «cruzamentos e leituras do território na confrontação sensível dos espaços do quotidiano».
As propostas artísticas apresentadas, mais ou menos inusitadas, são «cuidadosamente destinadas a quem vive e a quem visite os lugares da estrada». Vão ser quatro os palcos que percorrem este trajecto, ao longo do período do festival, 8 a 12 de Setembro.
Nos dias 8 e 9 de Setembro, o evento decorre «no terreiro da antiga corticeira, situada na aldeia de São Francisco da Serra, a que chamámos Palco Serra». No dia 10 de Setembro, «no terreiro do Lugar do Farrobo, venda, café e ponto de encontro local, a que chamámos Palco Estrada». No dia 11, no «Monte do Paio - Centro Nacional de Educação Ambiental e Conservação da Natureza, situado na Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, a que chamámos, Palco Lagoa». E, por fim, no dia 12, no «Santo André Beach Lounge, em pleno areal, com o oceano atlântico e o céu em pano de fundo».
No que toca à programação musical, esta pretende cruzar as «expressões artísticas locais, como o cante alentejano das Vozes d’Além Tejo e o acordeão de Maria Adélia Botelho, com outras expressões artísticas contemporâneas fundadas na tradição, como os Sampladélicos e O Gajo».
Entre muita outra programação, «O Teatro do Mar apresenta a instalação cenográfica INSOMNIO, no centro da Aldeia de São Francisco da Serra, e o grupo de teatro de Santo André, Gato SA, sobe à serra para interpretar a obra Os Malteses de Manuel da Fonseca, escritor nascido em Santiago do Cacém».
Com a expectativa de fazer perdurar «A Estrada» pelo espaço e pelo tempo, abrangendo todo este território, «desde a linha de festo da serra até ao mar, ao longo da estrada que liga os dois polos, o festival ambiciona definir uma ideia de território cultural alargado, assente na sua condição de faixa costeira, lida como verdadeiro ecossistema humano e paisagístico que liga a Serra de São Francisco ao Oceano Atlântico».
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