Organizadas pelo Comité, no dia 15 estão programadas marchas nas cidades de Quito e Guayaquil, que contam com o apoio do Partido Comunista do Equador, do Movimento Guevarista, da Coordenadora pela Paz, a Soberania, a Integração e a Não Ingerência (CPAZ), a Frente Unida de Defesa do Instituto Equatoriano de Segurança Social (IESS) ou a Associação de Mulheres Nela Martínez, entre outros partidos, organizações sindicais e sociais.
Num comunicado emitido este sábado, os promotores das mobilizações lembram que 15 de Novembro de 1922 foi um marco significativo para a história do movimento operário no Equador, quando, no contexto de uma greve contra salários de miséria, por turnos mais curtos e outras reivindicações, uma gigantesca manifestação teve lugar na cidade de Guayaquil.
O então presidente José Luis Tamayo deu ordem para reprimir a mobilização, e milhares de trabalhadores foram massacrados, sem que se saiba ao certo o número exacto de vítimas.
Para justificar a matança, o governo equatoriano de então classificou as exigências como «comunistas» e «exageradas», e acusou os trabalhadores em luta pelos direitos de serem «saqueadores» e «delinquentes», «terroristas, anárquicos e guerrilheiros», como lembrou o Movimento Guevarista há um ano, por ocasião do centenário do massacre.
«Isto marcou o início de um processo de construção do sindicalismo e da esquerda no país», lê-se no comunicado deste sábado.
Nele, refere a Prensa Latina, explica-se que em Quito a manifestação terá como objectivo reforçar os laços de unidade entre as organizações, preparar a resistência face a uma eventual onda neoliberal, defender a segurança social e erguer a voz em apoio à luta dos povos, em especial ao da Palestina, que faz frente a uma grande ofensiva sionista.
Explicaram ainda que, na cidade de Guayaquil, o evento funcionará como espaço de articulação para diversos sectores, tendo como objectivo fortalecer o tecido organizativo dentro do principal porto da cidade.
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