Os partidos da oposição parlamentar consideram que a comunicação do primeiro-ministro ao País não acrescentou elementos que permitam esclarecer aspectos relativos à empresa familiar de Luís Montenegro, e a uma alegada mistura entre o exercício de funções públicas, interesses particulares e promiscuidade entre poder político e económico.
Neste quadro, o secretário-geral do PCP, para além de considerar a comunicação de Luís Montenegro «uma inusitada acção de propaganda», anunciou a apresentação de uma moção de censura ao Governo que, segundo Paulo Raimundo, para além de «práticas, factos e acontecimentos que envolvem o Governo», é, sobretudo, a censura a «uma política de baixos salários e pensões, de ataque a direitos, de degradação de serviços públicos, de desinvestimento público, limitações ao aparelho produtivo, promoção da especulação imobiliária, de privatizações, de défice produtivo».
Entretanto, o PS já anunciou que não viabilizará a moção de censura, cujo debate deverá ter lugar no terceiro dia parlamentar subsequente à sua apresentação, de acordo com o regimento da Assembleia da República.
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