Nas folhas e nos ecrãs:
Haverá poucas coisas que me entusiasmem mais que Ficção Científica. Talvez resquícios de uma adolescência passada (erradamente) em volta de códigos genéticos, contas e reacções químicas.
É a existência, das coisas e dos seres, do planeta. É contar o futuro como se ele fosse um passado histórico que já analisámos uma e outra vez, ou é reescrever um passado que podia ter sido. E será que não foi mesmo? Será que existem universos paralelos? Bom...
E numa semana em que de repente Portugal descobriu que a robótica está a substituir-se a várias profissões e que estamos perante uma nova revolução no trabalho, lembro-me inevitavelmente de Philip K. Dick, um dos mestres do estilo, e mais particularmente de Será que os Andróides Sonham com Ovelhas Eléctricas?, publicado em 1968.
Este livro deu origem a um dos meus filmes favoritos, Blade Runner: Perigo Iminente, realizado por Ridley Scott e estreado em 1982, poucas semanas depois da morte de PKD. Na altura um fracasso de bilheteira, hoje em dia um filme de culto, ou como o número de espectadores pouco nos diz sobre a importância ou relevância de uma obra cinematográfica.
Nos palcos:
1) Temos Fã no Teatro Viriato, em Viseu. Escreveu o guião Regina Guimarães, encenou Nuno Carinhas e compuseram as músicas os Clã. A Manuela Azevedo canta e interpreta uma das personagens deste espectáculo rock sobre os medos, as incertezas e as ansiedades. João Monteiro, Maria Quintela e o grande Pedro Frias, compõem o resto do elenco.
É para os miúdos levarem os graúdos, sábado, dia 25, às 16h e às 21h30.
2) Não gosto especialmente do Carnaval, diz-me pouco. Sendo actor tenho o privilégio de passar muitas horas a brincar aos outros, a ser outros. Mas de repente dizem-te: «o Marante vai estrear-se em concertos em Alfama!», e aí pensas duas vezes sobre importância do Carnaval.
O Lusitano Clube, na noite de segunda para terça, apresenta em concerto, Marante, compositor de temas tão marcantes como «A Bela Portuguesa», e Gonçalo Gonçalves, o intitulado «Cantor Romântico Abandonado».
A não perder, claramente, e não esquecer as serpentinas! É Carnaval, ninguém leva a mal!
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