É uma sobrecarga na duração do trabalho diário e semanal dos trabalhadores

Trabalho suplementar não pago nos Centros de Saúde do Algarve

Os trabalhadores do Agrupamento de Centros de Saúde do Algarve estão desde ontem em greve ao trabalho extraordinário, levando-a até ao fim do ano. Em causa está o uso abusivo de trabalho suplementar.

Centro de Saúde de Silves
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Os trabalhadores do Agrupamento de Centros de Saúde do Algarve - ACES Central do Algarve iniciaram ontem, 23 de Junho, uma greve ao trabalho extraordinário que irá prolongar-se até ao fim do ano. Lutam contra a desregulamentação dos horários de trabalho, contra o recurso abusivo de trabalho suplementar para fazer face a necessidades permanentes, e pelo respeito aos seus horários de trabalho.

Com a greve ao trabalho extraordinário, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas pretende fazer sentir ao Governo, ao ministro da Saúde, à Administração Regional de Saúde do Algarve e à ACES Central do Algarve, que o funcionamento dos serviços que prestam cuidados de saúde primários está totalmente dependente do recurso ao trabalho suplementar, que não é remunerado, sendo uma sobrecarga na duração do trabalho diário e semanal dos trabalhadores.

O comunicado do sindicato afirma que os trabalhadores não aceitam a desregulamentação dos horários de trabalho e imposição de alterações de um dia para o outro, sem aviso prévio.

Com esta greve, os trabalhadores afirmam não ser admissível que a falta efectiva de funcionários seja colmatada com o recurso ao trabalho suplementar e precário.

O comunicado refere ainda que «esta é também uma luta pela defesa da dignidade profissional, contra a repressão, o medo, a chantagem e ameaça, que em nada servem os interesses das populações, nem dignificam o Serviço Nacional de Saúde».

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