Os trabalhadores tinham convocado greve para hoje, contra um banco de horas «ilegal» e a precariedade, defendendo a passagem a efectivos de todos os trabalhadores que ocupam postos de trabalho permanentes, e por aumentos salariais.
Segundo uma nota do Sindicato de Hotelaria do Norte (CGTP-IN), depois de receber o pré-aviso de greve, a empresa disponibilizou-se a negociar, realizando-se duas reuniões com o sindicato, uma delas ontem.
Depois de ter sido comunicado que os trabalhadores rejeitavam a «insuficiente» proposta da administração, esta assumiu um compromisso por escrito em que aceita a proposta mínima dos trabalhadores, o que permitiu que estes suspendessem a greve.
As propostas acordadas incluem: o aumento salarial de 30 euros nos salários até 700 euros e de 2% para salários superiores, com excepção das chefias; a suspensão do sistema de banco de horas; o pagamento do subsídio nocturno no subsidio de férias, que não vinha a ser pago; a reavaliação de todos os contratos a termo tendo em vista a sua passagem ao quadro da empresa; as diligências junto da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT) para encetar negociações com o sindicato tendo em vista a revisão do contrato colectivo de trabalho; e a marcação de uma nova reunião para dar continuidade ao processo negocial.
O sindicato informa que fez várias reuniões com a empresa, depois de apresentar um caderno reivindicativo, mas que esta recusou-se sempre negociar, remetendo para a associação patronal. Foi neste contexto que os trabalhadores convocaram a greve e o sindicato recorda que também já tinham sido feitos «protestos à porta deste hotel».
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