Os dados divulgados hoje pelo INE apontam para uma taxa de desemprego de 8,9% em Julho e prevêem um valor idêntico em Agosto. Para além de uma descida de duas décimas face à previsão publicada no mês passado, este valor corresponde a uma redução de 0,2 pontos percentuais face a Junho e dois pontos percentuais face a Julho de 2016.
Esta descida corresponde a uma redução de cerca de 5 mil desempregados num mês e de quase 90 mil face ao mesmo mês do ano passado. Com o anterior governo, o desemprego oficial chegou a ultrapassar os 17% e os 900 mil trabalhadores, no final de 2012. Desde Março deste ano, o valor está abaixo dos 500 mil.
No entanto, este valor é ainda muito superior ao registado no período anterior a 2003. De acordo com os dados disponíveis pelo INE, desde 1998, no período anterior à entrada em circulação do euro (no início de 2002) o desemprego nunca chegou aos 400 mil trabalhadores e aos 7%.
O número de desempregados calculado pelo INE esconde ainda um largo conjunto de trabalhadores que estão em situação de subemprego (trabalham a tempo parcial, apesar de estarem disponíveis para trabalhar a tempo inteiro, por exemplo) e que estão desmotivados para procurar trabalho, apesar de estarem disponíveis.
De acordo com o inquérito ao emprego do segundo trimestre do ano, em que, pela primeira vez, o INE calculou este valor, o desemprego em sentido lato deve ser perto de o dobro do oficial. A soma do subemprego e dos inactivos disponíveis ultrapassava, então, os 440 mil trabalhadores.
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