Os professores e escritores que compõem o júri, Paulo Sucena (FENPROF), José Manuel Mendes (Universidade do Minho) e Teresa Martins Marques (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa), foram unânimes na apreciação do romance editado em 2016.
Entendeu o júri que, A Gorda é «um romance marcado pela congruência e agilidade na construção da diegese, por uma estratégia de efabulação que recusa tanto o desenvolvimento linear da narrativa como o predomínio de qualquer pendor e ornatos, pela densidade das personagens principais e por uma escrita sóbria, eficaz no domar das relações entre a memória, não raro (auto)biográfica, e o contexto, a ironia e a dissecação, a premência do tempo num presente contraditório».
Num comunicado enviado às redacções, a Fenprof afirma que a notícia foi recebida pela autora «com muito agrado», designadamente pelo facto de o júri ter decidido este ano atribuir a vitória «a uma pessoa que é docente no ensino básico, revelando a capacidade de produção literária de qualidade de docentes dos diversos sectores e graus de ensino».
A Fenprof acrescenta que, «com este seu belíssimo romance», Isabela Figueiredo junta-se «a nomes cimeiros da literatura portuguesa contemporânea na área da ficção, cujo prémio, no valor de sete mil e quinhentos euros, alterna com o Prémio de Poesia António Gedeão, que foi ganho, em 2012, por Ana Luísa Amaral, em 2014, por Manuel Gusmão e, em 2016, por Nuno Júdice, autores que muito prestigiam esta iniciativa da Federação Nacional dos Professores».
O Prémio Novela e Romance Urbano Tavares Rodrigues foi ganho, em 2015, por Lídia Jorge, com Os Memoráveis, e, em 2013, por Ana Cristina Silva, com O Rei do Monte Brasil.
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