|técnicos de diagnóstico e terapêutica

Trabalhadores concentraram-se esta manhã junto a vários hospitais

Técnicos de diagnóstico em greve pelo desbloqueamento das novas carreiras

O incumprimento do acordo pelo Governo sobre as carreiras dos técnicos de diagnóstico e terapêutica, apontado por estes profissionais, motivou a greve de dois dias, que se iniciou hoje.

Técnicos de diagnóstico e terapêutica manifestam-se em frente aos Hospital de Santa Maria, no âmbito da greve de 12 e 13 de Outubro, em Lisboa, 12 de Outubro de 2017
CréditosRodrigo Antunes / Agência LUSA

De acordo com o Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), a fixação de uma quota de 30% de lugares de topo da carreira para estes profissionais foi um dos pontos acordados nas negociações mantidas em Julho, mas, em Agosto, a regulamentação das novas carreiras acabou por surgir com esse valor reduzido a metade.

Em declarações à Lusa, junto aos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde se concentraram, a dirigente sindical Alexandra Costa acrescentou às razões do protesto o facto de o Governo se ter comprometido a negociar matérias relacionadas com as novas carreiras de técnicos de diagnóstico e terapêutica até final de Setembro, o que ainda não aconteceu. Em causa estão questões relacionadas com a transição na carreira e as tabelas remuneratórias, referiu.

A dirigente apontou ainda um nível de adesão a rondar os 90% na cidade de Coimbra e na região Centro. De acordo com as declarações de outros responsáveis do STSS, a adesão em Lisboa e no Porto está entre os 80% e os 100%.

No pré-aviso de greve, que dura até ao final desta sexta-feira, o sindicato refere também, como objectivo do protesto, a reposição da «equidade de tratamento dos profissionais de saúde, corrigindo as assimetrias constituídas».

Estes profissionais eram o único grupo de licenciados do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não tem uma carreira compatível com o seu nível de qualificação e continuam a receber um salário-base abaixo dos restantes licenciados e técnicos superiores da Administração Pública, afirmaram os dirigentes sindicais presentes no protesto de Coimbra à Lusa.

Para além de Coimbra, os trabalhadores realizaram concentrações junto aos hospitais de São João, no Porto, Santa Maria, em Lisboa e Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

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