«Esta acção de hoje tem a ver com salários em atraso, mas é também um protesto contra um avolumar de situações que se arrastam há anos e que geram incertezas, dificuldades e instabilidade familiar», explicou à Lusa o coordenador da União dos Sindicatos do Porto (USP/CGTP-IN).
Tiago Oliveira afirmou que «a empresa já está com o segundo Processo Especial de Revitalização (PER) a ser discutido em tribunal» e que «são precisas garantias por parte do Governo no que diz respeito a uma solução para uma grande empresa que é estrutural para o país».
«Estes trabalhadores sentem-se completamente desamparados, por isso era preciso dar a nota de que o poder político tem de lhes dar uma resposta concreta», sublinhou.
Para a USP, «é preciso de facto, nomeadamente no que respeita à discussão dos PER, haver uma resposta concreta para o futuro destes trabalhadores, que não podem estar meses e meses na incerteza, sempre com ameaça de despedimento, ameaça de extinção do posto de trabalho ou dificuldade de receber salário para fazer face àquilo que são as despesas mensais».
Os trabalhadores decidiram no dia 27 Outubro dar o prazo até 31 de Outubro, a passada terça-feira, para o pagamento dos salários. Não havendo desenvolvimentos, partem para uma greve até que a situação se reponha.
Com agência Lusa
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