Num comunicado divulgado pela imprensa estatal esta terça-feira, o Comando Geral do Exército e das Forças Armadas do país árabe afirma que, pelas 2h40 (hora local), caças israelitas disparam vários mísseis, a partir do espaço aéreo libanês, contra a zona de al-Qutaifa, a nordeste da capital, Damasco, tendo como alvo um depósito de armamento, informam a PressTV e a Prensa Latina.
De acordo com o texto, a defesa aérea síria respondeu de imediato e terá conseguido abater um dos caças. Meia hora depois, Israel lançou mísseis terra-terra a partir dos Montes Golã ocupados, que, segundo as autoridades militares sírias, foram interceptados.
O último ataque desta madrugada teve lugar às 4h15, com os israelitas a lançarem mais quatro mísseis – a partir da região de Tiberíades, no Norte de Israel. De acordo com as fontes referidas, a defesa anti-aérea interceptou um deles, enquanto os outros três caíram nas imediações de uma posição militar síria, provocando danos materiais.
«Apoio de Israel a grupos terroristas»
No comunicado, citado pela agência Sana, o Comando Geral do Exército e das Forças Armadas sírias chama a atenção para «as graves consequências destas agressões» e mostrou-se disposto «a responder aos ataques».
Afirma, para além disso, que a agressão hoje perpetrada por Israel é «uma tentativa desesperada de levantar o moral» dos grupos terroristas armados «derrotados» no país árabe.
Israel não comentou os ataques hoje denunciados por Damasco. Nos últimos anos, têm sido frequentes os ataques israelitas a alvos militares sírios, numa tentativa de fazer frente aos contínuos triunfos das tropas do Exército Árabe Sírio (EAS) e seus aliados sobre o Daesh e a Al-Nusra.
O apoio israelita, turco, de países árabes do Golfo e de várias potências ocidentais a grupos armados terroristas na Síria é, aliás, há muito conhecido. No caso de Israel, são conhecidos os hospitais de campanha que montou para curar «terroristas» feridos em combate contra o EAS.
Para além disso, o EAS e seus aliados têm apreendido grandes quantidades de armamento e equipamento militar sofisticado de fabrico israelita em posse de vários grupos terroristas na Síria.
E em Agosto – revela a RT – um militar israelita disse que a Força Aérea do país tinha atacado a Síria umas 100 vezes.
Entretanto, o EAS e os seus aliados, como a brigada palestiniana Al Quds, continuam a conquistar vitórias contra a Al-Nusra e seus sucedâneos em Ghouta Oriental e Harasta (província de Damasco) e na província de Idlib (no Noroeste do país).
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