Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), a forte adesão à greve levou ao fecho de dezenas de lojas por todo o País.
Durante a manhã foi realizada uma concentração, junto ao Ministério de Trabalho, a pretexto da reunião entre o CESP e a empresa sobre o processo de entrega de lojas a terceiros, considerado ilegal pelo sindicato.
Os trabalhadores contestam o que chamam de «despedimentos encapotados», no âmbito do processo de transmissão de lojas, exigindo a manutenção dos postos de trabalho, além de melhores salários e o fim das acções repressivas da empresa para forçar rescinsões.
O CESP acusa o grupo Dia de não estar a cumprir a lei nem os direitos previstos à transmissão de estabelecimento. Neste processo de larga escala, o sindicato afirma que há trabalhadores a serem deslocados de posto de trabalho em distâncias superiores a 50 km, especialmente aqueles em horários flexíveis, de acordo com a lei da parentalidade, de forma a provocar rescisões.
Noutro aspecto, o CESP afirma que a empresa «pura e simplesmente ignorou o caderno reivindicativo, recusou negociar salários e resolver os problemas concretos», além de desregular os horários de trabalho. São ainda apontados casos de discriminação nos armazéns da empresa, com «aumentos insuficientes e baseados em métodos de avaliação injustos».
A deputada Rita Rato, do PCP, esteve também presente na concentração, em solidariedade com os trabalhadores, tendo afirmado que o seu partido está a actuar junto do Governo e da Autoridade para as Condições do Trabalho.
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