|Despedimentos

Prejuízos não podem ser imputados aos trabalhadores

Na Gestamp, em Vendas Novas, e na AIS, em Montemor-o-Novo, o SITE Sul exige às administrações medidas de prevenção e rejeita os despedimentos, já iniciados, e a imputação total dos prejuízos aos trabalhadores.

Trabalhadores da AIS lutam pela sua integração nos quadros desta empresa
Créditos / União dos Sindicatos de Évora

Em comunicado à imprensa, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) informa que, através das suas comissões sindicais em cada empresa, tem vindo a acompanhar a situação relacionada com a pandemia e a exigir «a tomada de medidas claras de protecção da saúde dos trabalhadores», e soluções que não pretendam «imputar a estes as reduções ou suspensões temporárias da produção» sem compensação nos seus salários ou direitos.

No texto, o sindicato lembra que os trabalhadores têm tido «todo o empenho» na resposta às exigências de produção e de manutenção dos padrões de qualidade.

«Num momento difícil para o País e para o mundo, as empresas não podem responsabilizar os trabalhadores pelas quebras de produção, da mesma forma que estes também não têm, na mesma proporcionalidade, visto nas suas retribuições a repartição dos lucros», refere o sindicato.

Admitindo que é necessária a aplicação de medidas excepcionais, o sindicato rejeita «o aproveitamento da situação para a realização de despedimentos», nomeadamente dos trabalhadores contratados através de empresas de trabalho temporário, que afirma já estar a acontecer na Gestamp.

«Estas empresas mantêm uma elevada quantidade de trabalhadores com contratos de trabalho precários e têm acumulado milhões à custa da sua exploração e dessa precariedade, mas querem descartar-se agora deles, deixando-os desprotegidos», pode ler-se na nota.

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