CDS-PP

O que resta de dois anos de discussão e de medidas tomadas na sequência dos trágicos incêndios de 2017? Quais dos responsáveis se chegaram à frente dizendo «sim, foram as nossas políticas, a nossa acção que deixou o mundo rural à sua sorte»?

Na tentativa de apagar responsabilidades do agravamento fiscal que protagonizou, o CDS-PP apresentou hoje um pacote de medidas para a «defender os contribuintes dos abusos» da Autoridade Tributária.

A notícia não devia ser o lapso de Nuno Melo quanto à fundação de Joe Berardo, mas antes que os «berardos» desta vida não existem desligados de interesses pelos quais os centristas dão a cara.

O CDS, depois do partido dos agricultores e dos contribuintes, pretendia agora apresentar-se também como o partido dos professores. A todos ofereceu uma mão cheia de nada!

Ao afirmar que o Vox não é um partido de extrema-direita, sugerindo inclusive a leitura do seu programa, Nuno Melo deu um precioso contributo para desmascarar a verdadeira ideologia do CDS-PP. 

Na interpelação feita ao Governo sobre «segurança de pessoas e bens», o PSD não conseguiu, uma vez mais, apagar o peso da sua responsabilidade em todos os problemas que só agora identifica no País.

O CDS-PP fez uma interpelação para falar dos «falhanços» do Governo na Saúde mas destapou o estrago feito no SNS pelo último executivo e o seu apetite pelo negócio. Na boa sabedoria popular: foi à lã e saiu tosquiado.

As propostas de PSD e CDS de acareação entre generais com responsabilidades recentes no topo da hierarquia do Exército reflectem a irresponsabilidade, o oportunismo e a falta de sentido de Estado.

Não, não estamos a falar de aguardente nem de brandy, mas sim de um novo partido que, na realidade, não passa de um partido velho, sustentado em requentadas ideias e personalidades.