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PSD ressuscita as suas malfeitorias

Na interpelação feita ao Governo sobre «segurança de pessoas e bens», o PSD não conseguiu, uma vez mais, apagar o peso da sua responsabilidade em todos os problemas que só agora identifica no País.

CréditosMário Cruz / Agência LUSA

Apesar de o tema ser «segurança de pessoas e bens», verificou-se que a sua intenção passava por falar de tudo, sem falar de modo sério sobre nada. Saiu frustrado o objectivo de esconder as suas responsabilidades políticas em todos os problemas que o País hoje vive, em particular os decorrentes da política desenvolvida pelo anterior governo do PSD e do CDS-PP.

O conjunto de temas apresentado esta tarde pelos social-democratas foi muito variado na sua dimensão e importância e, cada um deles, seria merecedor de debate próprio. O elenco feito de múltiplos problemas parece procurar relembrar o discurso de que o diabo espreita atrás da porta. E o CDS-PP não demorou na tentativa de se colar a este discurso do «falhanço absoluto do Estado» em todas as áreas.

A tragédia dos incêndios, a falta de meios e de trabalhadores nas funções sociais do Estado, as insuficiências e debilidades nas infra-estruturas públicas e o desastre de Borba foram algumas das questões abordadas para fazer valer a sua lógica de passa-culpas.

Invocar problemas, tragédias e desastres, como o fez com o furto de material militar dos paióis de Tancos, clarifica a intenção do PSD de alimentar uma campanha mediática contra o Governo e, de forma indirecta, contra a actual solução política, mas que, objectivamente, contribui para o caldo da cultura populista cujas consequências não atingirão apenas o Governo, mas a própria democracia.

O PSD chegou a dizer que «andaram três anos e não fizeram nada», numa tentativa frustrada de reduzir a insignificâncias quaisquer dos avanços sociais introduzidos na vigência da actual solução política.

Esta interpelação ocorre uma semana depois de o CDS-PP ter levado ao Parlamento uma interpelação ao Governo sobre «falhanços» na saúde, tendo saído desse debate evidente que o governo anterior foi um dos maiores agressores do Serviço Nacional de Saúde e dos seus profissionais.

Pode dizer-se que, mais uma vez, saiu-lhes o tiro pela culatra, com a incapacidade crónica do PSD em esconder que é pai dos principais problemas que o País hoje enfrenta.

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