O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) denuncia que a empresa Modelo Continente Hipermercados não cumpre o direito ao horário flexível, mesmo depois de a Comissão para a Igualdade no Trabalho e Emprego (CITE) dar um parecer favorável às trabalhadores. Acrescenta que a empresa recorre ao tribunal «a fim de ganhar tempo e criar graves problemas aos trabalhadores».
O sindicato promoveu na última terça-feira uma acção de denúncia desta situação no Continente Bom Dia da Prelada, no Porto. No documento que distribuiu aos clientes relatou o exemplo de uma trabalhadora e delegada sindical daquela loja: mãe de duas crianças menores de 12 anos, pediu, ao abrigo da lei, horário flexível, e a resposta que teve foi a de que a empresa iria para tribunal, mesmo depois de a CITE ter dado um parecer favorável à trabalhadora.
O comunicado denuncia que a empresa «tudo faz para impossibilitar os trabalhadores de conciliar a sua vida profissional com a sua vida familiar».
Os trabalhadores desta empresa reivindicam um aumento salarial; o respeito pelo direito à conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar; o fim das pressões e assédio moral aos trabalhadores; o fim dos elevados ritmos de trabalho, «prejudiciais à saúde física e psíquica dos trabalhadores»; e o cumprimento da lei da parentalidade.
A estrutura sindical sublinha que, ao mesmo tempo que a empresa diz que não há dinheiro para proceder aos aumentos salariais a todos os trabalhadores, divulga «os dados positivos de milhões» dos seus resultados.
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