O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CCG (STEC) destaca, em comunicado ontem emitido, que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) «subiu a sua proposta para 3,5% de aumento médio», na terceira reunião negocial.
Neste sentido, a estrutura sindical entende que a empresa «mantém uma posição muito distante da proposta do STEC e da necessidade dos trabalhadores e reformados», que precisam de «um aumento remuneratório que permita responder minimamente à inflação e ao aumento brutal do custo de vida».
A proposta negocial do sindicato mais representativo da CGD passa por um aumento único de 100 euros para todos os níveis e uma negociação específica para as cláusulas de expressão pecuniária (como diuturnidades, subsídio de almoço, subsídio de apoio de nascimento/adopção, subsídio de estudo).
As negociações vão continuar para a semana, informa o STEC, que denuncia a «insensibilidade» da administração perante «a degradação social que se vive», «perante uma situação que começa a ser insustentável e que exige um urgente aumento de salários e pensões de reforma».
Trabalhadores a perderem poder de compra, empresa a acumular «milhões e milhões de lucros»
No texto, lembra-se ainda que várias empresas, com lucros muito distantes dos da CGD, «acertam aumentos bem mais significativos». Desta forma, o STEC pede que «cada um faça uma reflexão sobre esta inadmissível situação, numa empresa que à custa do nosso esforço acumula milhões e milhões de lucros, mas que se continua a recusar reconhecê-lo».
Já no comunicado emitido a propósito da segunda ronda negocial, a 26 de Janeiro, o STEC denunciava que o poder de compra perdido pelos trabalhadores e reformados da CGD ocorria a par dos maiores lucros de sempre, que «poderão atingir na CGD os mil milhões de euros em 2022».
A estrutura sindical lembrava ainda as declarações do presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, de acordo com as quais «as empresas devem reter os seus talentos», e como isso «não condiz com aquilo a que se assiste dentro da CGD»
Acrescenta que o panorama é de «muitos trabalhadores, mais jovens e qualificados, a insistirem na adesão à rescisão de contrato por mútuo acordo, precisamente porque não têm perspetivas de carreira, nem ganham o suficiente para… constituir família e comprar casa».
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