Assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos de diagnóstico terapêutico do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (EPE) realizaram hoje um plenário e uma concentração no Hospital de S. Francisco Xavier exigindo o pagamento das horas de qualidade, que não foram pagas no período de 2007 a 2013, e a contratação de mais trabalhadores, denunciando que os serviços estão a funcionar com os mínimos e com excessivas horas extraordinárias.
Depois do Conselho de Administração ter retirado aos trabalhadores da saúde as horas de qualidade, consagradas na Lei 62/79, estes exigiram a sua reposição. Depois de vários plenários e reuniões com o Conselho de Administração (CA), este comprometeu-se a pagar as horas em falta, estabelecendo um plano de pagamento que começaria em Julho. No entanto, as horas começaram a ser pagas apenas aos enfermeiros, sendo que os restantes trabalhadores continuam sem receber o que é devido.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA), depois de promessas sobre o pagamento até 21 de Setembro, tal não aconteceu. Depois da convocação deste plenário «de rua», o CA interpelou o delegado sindical para prometer que o pagamento iria ser feito em Outubro e sugerir que o plenário fosse realizado entre portas.
Os trabalhadores não cederam e realizaram o plenário e a concentração, onde decidiram marcar uma greve de 24 horas para o dia 24 de Outubro, que será realizada se a empresa não cumprir antes o pagamento, e greve ao trabalho extraordinário até serem contratados os trabalhadores necessários.
O sindicato denuncia a sobrecarga de horas extraordinárias a que estão sujeitos os trabalhadores e revela que vários estão de baixa médica pelo cansaço.
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