À saída do Encontro Nacional, que reuniu algumas centenas de dirigentes sindicais ontem em Lisboa, o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, em declarações à Lusa, anunciou a realização de um Conselho Nacional Extraordinário, dia 17 de Junho, para «discutir a revisão da legislação laboral» e «decidir formas de luta e de contestação a desenvolver em breve».
«Vamos fazer uma reunião extraordinária do Conselho Nacional para discutir a revisão da legislação laboral, que consideramos que irá agravar ainda mais a actual situação», referindo-se às alterações ao Código do Trabalho do Governo PS, que foram acordadas com patrões e UGT, que irão acentuar a precariedade.
A acção reivindicativa pretende «romper com o modelo de baixos salários que persiste», bem como travar a proposta de lei do Governo, que, segundo o sindicalista, não resolve os problemas da legislação laboral e ainda os agrava, como é o caso do alargamento do período experimental e os contratos de muita curta duração.
O próximo congresso da central sindical realizar-se-á em Fevereiro de 2020, na Torre da Marinha, concelho do Seixal, e conta com um processo preparatório no qual se inseriu este encontro. O documento de que partiu a discussão dá nota de 82 mil sindicalizações entre 2016 e 2018 e da eleição de 8533 delegados sindicais e 1273 representantes para a segurança e saúde no trabalho.
Valores que se traduzem numa maior receita para os sindicatos, ainda que se insista na discussão das questões financeiras e de gestão, de forma a melhorar a resposta dos serviços de apoio aos sócios e delegados sindicais e reforçar a luta.
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